Saque e depredação

do Instituto Serrapilheira
Bom dia! Aqui é a Meghie Rodrigues. Hoje trago novas sobre uma vacina importantíssima, um saque cultural do qual não ouvimos falar, e um podcast novo que vale muito a pena escutar. Na nota do convidado, Eduardo Zimmer fala de um medicamento contra Alzheimer que precisamos acompanhar de perto. Boa leitura!
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Vacina contra câncer
Recado importantíssimo da Mel Dutra: o papilomavírus humano (HPV) é o principal causador do câncer de colo de útero — mas também aumenta o risco para outros tipos de câncer, como o oral. A vacinação de meninas e meninos na adolescência reduz MUITO (cerca de 70%!) o risco de desenvolver cânceres decorrentes de HPV. Preste atenção nos canais do Ministério da Saúde para saber quando vai ter campanha de vacinação perto de você.
Perda lastimável
A gente não ouviu tanto falar disso por aqui, mas o Museu Nacional do Sudão, localizado em Cartum, foi completamente saqueado e depredado. Desde 2023, o Sudão vive uma disputa entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido pelo controle do país — e com a retomada da capital pelas Forças Armadas, o estrago ficou visível. Havia objetos desde o Neolítico à Era Islâmica, incluindo relíquias faraônicas.
Para não esquecer
O que restou de Porto Alegre um ano depois das enchentes que arrasaram o Rio Grande do Sul? O podcast “O Fim do Futuro”, acabado de sair do forno, vai atrás de entender o ciclo de colapso e reconstrução da capital gaúcha. Importante organizar a memória dessa catástrofe que o Brasil acompanhou de perto. A série documental tem cinco episódios e é uma produção dos (brabíssimos) colegas do Vós e da Matinal Jornalismo com apoio do Instituto Serrapilheira. Tem no Spotify e em outras plataformas!
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NOTA DO CONVIDADO
Os impactos do Donanemabe contra Alzheimer no Brasil
Por Eduardo Zimmer, Professor de Farmacologia da UFRGS e apoiado pelo Instituto Serrapilheira
A doença de Alzheimer é uma condição crônica e sem cura que afeta milhões de brasileiros.
Avanços recentes possibilitaram o uso de exames laboratoriais e de imagem, aprovados pela Anvisa, para seu diagnóstico. Até então, os tratamentos disponíveis eram indicados apenas para a fase demencial e atuavam apenas nos sintomas.
A aprovação do Donanemabe pela Anvisa, em abril de 2025, representa um avanço importante ao introduzir um fármaco com potencial modificador do curso da doença, capaz de remover placas de beta-amiloide — agregados insolúveis no cérebro de pessoas com Alzheimer.
Apesar disso, seus efeitos sobre o declínio cognitivo são parciais, não representando uma cura, e suas indicações são restritas devido ao risco de efeitos adversos. Além disso, o alto custo — cerca de 32 mil dólares anuais nos EUA — torna o tratamento pouco acessível para a maior parte da população brasileira.
A experiência com a memantina, que levou seis anos para ser incorporada ao SUS, reforça que os próximos anos serão essenciais para avaliar o impacto real do Donanemabe no país.
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