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Julho 1, 2025

Deu Bonn?

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Bom dia! Aqui é a Meghie Rodrigues, funcionando à base de sopa e chá quente para espantar o frio desse inverno doido das médias latitudes. Hoje trago uma notícia excelente do front de batalha contra o HIV, um dado absurdo que revolta mas não surpreende, e um pouco do que foi discutido em Bonn na preparação para a COP30. Na nota do convidado, a querida Mell Dutra fala sobre os estragos da desinformação na cobertura vacinal contra a gripe. Bora?

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Mais perto de resolver a Aids?

O FDA, agência reguladora de medicamentos dos EUA, aprovou o Lenacapavir, medicação eficaz na prevenção de infecção por HIV. O medicamento injetável não é uma vacina, já que não treina o sistema imunológico para identificar e combater o vírus. O remédio impede o vírus de se replicar — e o mais interessante é que duas doses por ano já são suficientes para que a medicação funcione. 

22 vezes

Um estudo da Oxfam mostrou que a fortuna do 1% mais rico do planeta cresceu absurdos USD33,9 trilhões (quase R$185 trilhões) desde 2015. Este não é o valor da riqueza total do 1% mais rico do mundo — é apenas o quanto essa riqueza cresceu. Com esse dinheiro, seria possível acabar com a pobreza do mundo 22 VEZES, segundo a Oxfam. E vivemos em um momento em que países ricos estão cortando ajuda humanitária em vez de aumentar. Vale dar uma olhada no relatório antes de conversar com aquele seu amigo que defende bilionário.

Deu Bonn?

Na quinta passada encerrou-se o encontro preparatório para a COP30 que aconteceu em Bonn, na Alemanha. Foram duas semanas agitadas e o primeiro teste do Brasil na presidência da próxima Conferência do Clima. As discussões sobre transição justa avançaram, a conversa sobre medidas de adaptação também (apesar de terem esbarrado na questão do financiamento), mas países petroleiros não arredaram o pé para negociar a desaceleração no uso de energias fósseis. Muitas emoções. 

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Você viu? 👁

  • Sabe aquela narração do piloto engraçadão no avião com a turbina em chamas? Era mais uma peça do (genial) piloto Caco. Apertem os cintos para as próximas eleições!

  • A homeopatia sempre foi a melhor aluna na escola das pseudagens. 😅

  • Pela primeira vez, orcas são filmadas dando uns amassos.

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NOTA DA CONVIDADA

A adesão modesta à vacinação contra gripe, em meio ao alarmante aumento de casos da doença

Por Mellanie Fontes-Dutra, biomédica, pesquisadora e professora da Escola de Saúde da Unisinos

Entre espirros, tosse e coriza, a chegada do frio agrava um cenário que já estava sendo alertado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) desde janeiro deste ano: a alta atividade do vírus influenza sazonal, e de outros vírus respiratórios no hemisfério norte, durante a temporada de 2024 e 2025.

O alerta era claro: era necessário fazer uma ampla campanha de vacinação, com grande adesão, para não termos um impacto parecido aqui no Brasil, minimizando prejuízos para a sociedade e evitando a sobrecarga dos sistemas de saúde do país.

No entanto, a campanha de vacinação contra a gripe, que tem como meta 90% da imunização do público-alvo, conta com uma adesão modesta, apesar de esforços - enquanto a própria gripe acumula números alarmantes.

Ao passo que a cobertura vacinal contra a gripe, no Espírito Santo, para os grupos prioritários ainda não atingiu 50%, segundo o G1, mais de 80% das mortes por gripe no ES, em 2025, foram entre pessoas não vacinadas. Esse cenário se repete para outras regiões: com uma cobertura vacinal um pouco acima dos 42% para a vacina da gripe, no Paraná, mais de 89% (76) dos 85 óbitos registrados por gripe estavam entre não vacinados.

Em meio a diversos estados em alerta por conta do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG, uma complicação que pode ser ocasionada por vírus respiratórios como influenza), desinformações acerca da vacinação contra a gripe permeiam as redes sociais, alimentando a hesitação e o esquecimento sobre uma das ferramentas de maior sucesso na saúde pública.

Não, a vacina não tem eficácia negativa ou aumenta o risco de pegar gripe. Não, a vacina não tem eficácia baixa, principalmente em se tratando da eficácia contra hospitalização e óbitos. Sim, é grave que haja profissionais da saúde capitaneando esse tipo de desinformação em suas redes.

Se a gripe é capaz de trazer riscos para óbitos, a desinformação é capaz de transformar esses riscos em uma realidade próxima e cruel de suas vítimas. E deveríamos ser mais combativos sobre isso.

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